domingo, 24 de abril de 2011

FERIADOS EM FAMÍLIA (OU NÃO)

Quem me conhece, sabe que minha família se divide entre as cidades de Santos e Rio de Janeiro.
Sendo assim, praticamente todo feriado ou corro para uma ou para outra, pra curtir a família.
Nas páscoas, quando eu era criança, ia sempre pro Rio, praquela tradicional caça aos ovos com os primos.
Conforme fui ficando mais velha, continuei a ir, desta vez mais para estar com a minha avó - católica fervorosa, professora de caticismo e a criaturinha mais sensacional que já habitou este planeta.
Ela fazia questão de estar com a família toda, manter as tradições alimentares e mimar os netos (a essa latura todos marmanjões) com ovos de páscoa.

Depois que ela faleceu, eu passei a me desassocioar dessa coisa de páscoa, de festa.
Ia mais pelo apelo comercial mesmo, mas sempre em um lugar ou outro, só voltando pra casa na segunda.

Este ano, coincidentemente, foi diferente.
Estava em Santos e o trânsito da ida foi monstruoso.
Desci na quarta à noite com a estrada já cheia e todos os dias tinha (muita) gente descendo.

Fiquei com medo de morgar na volta e aproveitei uma carona pra voltar no sábado à noite.
Ao ir me despedindo das pessoas, o comentário TOP era: "mas você vai passar a páscoa sozinha?"
Achei engraçado.

Varei a noite vendo TV e jogando buraco (sou viciada em buraco, todo mundo tira sarro da minha cara porque eu assino o jogatina) e acabei acordando quase uma da tarde no domingo.
Confesso que acordar sozinha deu uma tristezinha.
Aí fiquei lembrando de quando era criança, dos meus primos, deu uma saudadona da minha avó.


Tinha que sair para comprar um rodo (não sei, a Tânia faz mágica) e começou a chover.
Daí fiz um macarrones (à bolonhesa, nada demais), abri um vinho e deixei rolar.

Pensei em ligar pra alguém pra fazer algo, mas só de pensar em sair nessa chuva deu uma preguiça imensa.

Tô aqui curtindo a casa.

Não vou dizer que está sendo o melhor porque estou com uma saudade filha da puta da minha família, mas não está de todo ruim.