domingo, 20 de março de 2011

ESTOU MUDADA


Voltei.
Agora em definitivo.

Do último post até hoje, aconteceram um milhão de coisas – menos ter tempo pro blog.

Comprei fogão, geladeira, máquina de lavar, guarda-roupa, armários de cozinha, várias coisas para a cozinha num 1,99 e ganhei vários presentes de amigos queridos – e o descaso de alguns amigos também, mas isso fica para outro post.

As coisas foram chegando aos poucos, algumas pela metade – como o guarda-roupa das Casas Bahia (que veio com uma peça quebrada, o montador montou mesmo assim e ainda colocou um pedacinho de fita crepe e o colante “Bartira” do móvel por cima da rachadura) e o armário de cozinha (o montador meu deu um bolo e as caixas estão espalhadas pela sala). DICA IMPORTANTE: ao pensar em comprar algo nas Casas Bahia, sente e espere a vontade passar. É só aborrecimento, “descaso total com você”.

Sábado agora foi a mudança.
Puta merda, que trabalhão!

Meus braços e coxas ardem, de tanto subir e descer escadas carregando caixas. Isso porque de grande mesmo, eu só tinha minha cama e uma poltrona – o resto era só caixa de roupa, sapato, livros e bagulheiras. A menção especial vai para o Marcelo, meu namorado, que ajudou o cara da mudança (muito esperto, que veio sozinho para carregar uma cama Box de viúva...), trouxe um monte de coisas mesmo morrendo de dor nas costas e ainda aturou minha mãe.

PAUSA ESPECIAL: eu amo a minha mãe, mas ela é muito difícil. Ao chegar no apê ela rapidamente encontrou meia dúzia de defeitos (tacos mal conservados, barulho do avião, isolamento, casa de máquinas, entre outros) e reclamou de diversas outras coisas. Não foi de muita ajuda, mas ela queria participar. Isso, no processo cansativo e estressante de mudança, pode ser garantia de homicídio. Mas graças a Deus, estamos todos vivos. CONTINUANDO.

Marcelo e minha mãe estavam preocupadíssimos com o fato de agora eu estar sozinha. Marcelo disse mais de uma vez: “é difícil viver com a certeza de que ninguém vai abrir a porta”. Sei lá, eu sempre vivia me preocupando com esse momento antes, porque sabia que a chegada de alguém acabaria com meu sossego e minha privacidade. Se fosse antes, na casa das quatro mulheres, talvez eu estranhasse mais essa solidão. Agora eu apenas quero muito isso.

A primeira noite só foi normal. Talvez eu tenha ficado impressionada pelos medos deles e tenha me sentido estranha. Mas estava tão cansada que não tive muito tempo de ficar pensando em nada. Antes das 21h eu estava dormindo já. E achando muito lindo ter um quarto tão espaçoso.

O resto da casa está uma bagunça absurda – coisa que me irrita deveras. Minhas roupas estão jogadas em uma mesa improvisada que peguei emprestada do corredor do prédio, em caixas, malas e sacolas. As coisas da cozinha estão no armário da pia. (A bagunça é um oferecimento Casas Bahia e da sua incompetência).

Mas não dá para perder muito tempo me irritando com isso – há muito a ser feito ainda. E também sem grandes afobações, pois o dinheiro está curto e agora eu também não posso ficar nessas de soluções paliativas, afinal tudo aqui dentro é meu e só meu – com exceção da TV, que é emprestada de um amigo...rs
Resumindo: morar sozinha é tão trabalhoso quanto divertido!